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“Não é possível ser um terapeuta eficaz sem estar completamente presente e envolvido no momento.” – Laura Perls

  • Foto do escritor: Comunidade Gestáltica
    Comunidade Gestáltica
  • 3 de jul.
  • 2 min de leitura

Na prática da Gestalt-terapia, estar presente é mais do que uma técnica – é uma

postura existencial. A frase de Laura Perls, cofundadora da abordagem, sintetiza de maneira profunda um dos fundamentos mais potentes da clínica gestáltica: o valor da presença autêntica do terapeuta.


Ao afirmar que não se pode ser um terapeuta eficaz sem estar “completamente presente e envolvido no momento”, Laura nos convida a refletir sobre o papel da presença viva, consciente e afetiva no encontro terapêutico.


O que significa estar presente na Gestalt-terapia?


Na perspectiva gestáltica, a relação terapêutica é, antes de tudo, um encontro entre dois seres humanos. O terapeuta não é um observador neutro, distante ou superior. Ele está ali como alguém inteiro, que se afeta e se implica na relação com o outro.

Estar presente é mais do que ouvir com atenção. É sentir, perceber, se disponibilizar emocional e corporalmente para o que emerge no aqui-agora da sessão. Isso inclui estar atento às próprias reações, aos silêncios, aos gestos e ao campo relacional que se forma com cada paciente.





Laura Perls

A eficácia do terapeuta nasce da autenticidade


Quando Laura Perls fala em "envolvimento", ela também está apontando para o contato genuíno. O terapeuta eficaz é aquele que se permite afetar e se engajar de maneira responsável, reconhecendo que o verdadeiro instrumento de trabalho na Gestalt-terapia é ele mesmo – sua escuta, sua presença, sua humanidade.


Esse envolvimento, claro, não significa perder os limites da relação terapêutica, mas sim exercer uma postura ética, sensível e atenta à singularidade de cada processo. A autenticidade e a presença são qualidades que fortalecem o vínculo terapêutico e ampliam as possibilidades de transformação.


Estar presente é abrir espaço para o novo


A presença do terapeuta cria um ambiente seguro para o paciente experienciar, nomear e ressignificar suas dores, desejos e bloqueios. Sem essa base, dificilmente o paciente se sentirá à vontade para se mostrar por inteiro.


Na prática, isso significa estar atento ao que se passa no corpo, na fala e nos gestos do outro, sem julgamentos, interpretações imediatas ou distrações. O terapeuta presente é aquele que sustenta o contato com curiosidade, abertura e disponibilidade.


Um convite à prática constante


O desafio de estar verdadeiramente presente não se resolve com um manual ou com fórmulas prontas. É um exercício constante de autorregulação, escuta interna e consciência de si. A frase de Laura Perls nos convida a olhar para a clínica como um espaço de presença mútua, onde o encontro só pode ser fértil se houver envolvimento real.


Que possamos, como terapeutas, cultivar essa presença viva, cuidadosa e potente – não apenas como uma técnica, mas como uma forma de estar no mundo.



Por Comunidade Gestáltica da Bahia


 
 
 

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